[The following article was forwarded to me from a correspondent in Portugal. The English translation is very rough. Original Portuguese language version follows English version.] By Lusa24 – March, 2012
Ex-Jehovah’s Witnesses met today in Porto, with the goal of creating “an association to help people coming out of that organization and other religious sects,” Lusa said its promoters.
Maximum Victor and Cesar Rodriguez were the first to arrive, both are former members of that religion and spokesmen of the associative movement, still a very early stage.
The meeting place was a cafe located opposite the railway station and both Victor Campanhã as Caesar wore a sweater alluding to their status as ex-members, with the inscription “No Discrimination.”
Later, the couple Horace and Lydia Silva Ferreira, Famalicão, joined them and the criticism of an organization in which everyone took part for much of their lives.
“People who are psychologically there are tight, say bullying is a kind of religious”, compares Caesar, S. John Wood, who preferred to hide his profession “not to be identified.”
One of the main complaints is cutting relations with anyone coming out of religion, that former members say go to the point of going to be ignored by parents, other relatives and friends, as if they knew existed or not.
“We are not against religion, we are against the discrimination that they do, and people who leave feel lost, alone in the world,” because almost all his life revolved around religion and lose focus.
“I’m not with my parents for months and all my family Jehovah turned his back on me,” Victor Max exemplified.
“All this fighting is because of this” reinforced.
The discrimination claims there “is imposed by the doctrines of Jehovah’s Witnesses.”
Faced with complaints like this, the spokesman of the organization, Pedro Candeias, told Lusa in August last year, the relevant technical guidance for cutting relations with those leaving the religion is “wise counsel” and not a ” deprivation of liberty.”
The “Holy Bible” indicates that “he who walks with wise people becomes wise, but will hardly one who has dealings with the stupid,” he added.
Victor is now 41 years and was a member for about 33, since he was born. “My parents were” justified.
[He] explains that their connection was so long because of what it calls “such brainwashing.”
“Never read a book, in addition to the officers of the organization,” he continued.
In your case, “the Internet was crucial for the rupture” with the Jehovah’s Witnesses.
Caesar strengthened by stating that “people are advised not to have internet, because [everyone] there are all rotten.”
“When there is something wrong, the guidance is to talk with the elders and not talk to the authorities,” he continued.
When looking at the years when he was a member, Lydia and her husband say they regret the most was “lost time” and what they feel is now “revolt.”
The meeting scheduled for today, Caesar and Victor did not expect more than “15 people, most of the South.” Around noon, however, the presence summed up the four, but that did nothing to discourage their promoters. Asked if admitted give up the idea of an association, Victor replied: “Never.”
In October last year, Gauteng hosted a first meeting of former members and hence arose the Jehovah’s Witnesses Forum, the Internet, to “help people who leave” religion.
“Now we want a legal affiliation with the right things”, he said.
Contacted Pedro Candeias, Department of Public Information (PID) of the Association of Jehovah’s Witnesses in Portugal, delivered a response later.
[Original Portuguese Version]
Ex-testemunhas de Jeová querem ajudar antigos fiéis
(por Lusa24 – Março 2012)
Ex-testemunhas de Jeová encontraram-se hoje, no Porto, com o objetivo de criar “uma associação para ajudar as pessoas que saem daquela organização e de outras seitas religiosas”, disseram à Lusa os seus promotores.
Vítor Máximo e César Rodrigues foram os primeiros a chegar, ambos são ex-membros daquela religião e porta-vozes deste movimento associativo, ainda numa fase muito embrionária.
O ponto de encontro foi um café situado frente à estação ferroviária de Campanhã e tanto Vítor como César vestiam uma camisola alusiva à sua condição de ex-membros, com a inscrição “Não à discriminação”.
Mais tarde, o casal Horácio Silva e Lídia Ferreira, de Famalicão, juntou-se a eles e às críticas a uma organização da qual todos fizeram parte durante boa parte das suas vidas.
“As pessoas que estão lá dentro são psicologicamente apertadas, digamos que é uma espécie de bullying religioso”, compara César, de S. João da Madeira, que preferiu ocultar a sua profissão “para não ser identificado”
Uma das queixas principais é o corte de relações com quem sai da religião, que os ex-membros dizem ir ao ponto de passarem a ser ignorados pelos pais, outros familiares e amigos, como se não existissem ou não os conhecessem.
“Nós não somos contra a religião, somos contra a discriminação que eles fazem, e as pessoas que saem sentem-se perdidas, sozinhas no mundo”, porque quase toda a sua vida girava em torno da religião e isso perde-se.
“Eu já não estou com os meus pais há meses e toda a minha família Jeová virou-me as costas”, exemplificou Vítor Máximo.
“Toda esta luta é por causa disso”, reforçou.
A discriminação que afirma existir “é imposta pelas doutrinas das Testemunhas de Jeová”.
Face a queixas como esta, o porta-voz da organização, Pedro Candeias, disse à Lusa, em agosto do ano passado, que a respetiva orientação para o corte de relações com quem sai da religião é “um conselho sábio” e não uma “privação de liberdade”.
A “bíblia sagrada” indica que “quem anda com pessoas sábias torna-se sábio, mas irá mal aquele que tem tratos com os estúpidos”, acrescentou ainda.
Vítor tem hoje 41 anos e foi membro durante cerca de 33, desde que nasceu.
“Os meus pais já eram”, justificou.
Explica que a sua ligação foi tão longa devido ao que designa por “a tal lavagem cerebral”.
“Nunca li um livro, para além dos oficiais da organização”, continuou.
No seu caso, “a internet foi decisiva para a rutura” com as Testemunhas de Jeová.
César reforçou afirmando que “as pessoas são desaconselhadas a ter internet, porque os podres estão lá todos”.
“Quando há qualquer coisa errada, a orientação é para falar com os anciãos e não falar com as autoridades”, prosseguiu.
Ao olhar para os anos em que foi membro, Lídia e o marido dizem que o mais lamentam foi “o tempo perdido” e o que sentem agora é “revolta”.
No encontro marcado para hoje, César e Vítor não esperavam mais de “15 pessoas, a maior parte do sul”.
Por volta do meio-dia, contudo, as presenças resumiam-se aos quatro, nada porém que fizesse desanimar os seus promotores.
Questionado sobre se admitiam desistir da ideia de uma associação, Vítor respondeu: “Nunca”.
Em outubro do ano passado, Coimbra acolheu um primeiro encontro de ex-membros e daí surgiu o Forum Testemunhas de Jeová, na internet, para “ajudar pessoas que abandonam” a religião.
“Agora, queremos uma associação legal, com tudo direitinho”, reforçou.
Contactado Pedro Candeias, do Departamento de Informação Pública (DIP) da Associação das Testemunhas de Jeová de Portugal, remeteu uma resposta para mais tarde.